08 November 2008

Defender as crias...


Eu já sabia, por experiência própria de uma vida inteira, que não acontece só na vida selvagem...
Somos crescidos, é certo, mas para os pais continuamos a ser umas crias indefesas e por nós dispõem-se a mostrar as garras e entrar em batalhas que nunca antes quiseram travar.
Somos crescidos, pois somos, mas assim ficamos mais fortes e mais "quentinhos" e podemos voltar a sonhar um bocadinho menos a medo :)






05 November 2008

Às vezes há sonhos...


... que quando decidimos passá-los à prática nos pregam partidas, porque parecem interferir com sonhos de outras pessoas. Então, passamos a sonhar um bocadinho a medo, como se as portas se tivessem fechado, para ocultar o sonho.
Mas eu ainda penso que vale mais abrir as janelas, porque o sol há-de chegar :)



31 October 2008

Dias assim...


Hoje foi um dia assim.

29 October 2008

É tempo...


... de os plantar, mas os meus bolbos continuam à espera de uma manhã com tempo de exclusividade...

Em compensação, quando eu já não esperava (se calhar até esperava, senão porque iria expectante espreitar quase diariamente?), parece que é mesmo desta que a minha estrelízia vai dar mais uma linda flor; a primeira a nascer dela no terraço cá de casa :)



27 October 2008

Sabe bem


Quando os amigos resolvem fazer uns quilómetros e ficar no hotel ao pé de nossa casa (que não tem quarto de hóspedes e está com lotação esgotada!) só porque têm vontade de estar connosco, sabe mesmo muito bem :)

Foi um fim-de-semana quentinho, de mimo e de muito sol :)
A chuva lá fora ajudou a alterar os planos a favor dos mais pequenos, que, mais que tudo, queriam era ficar em casa a usufruir do estarem juntos e a descobrirem-se um pouco mais.
Mas quando a chuva parou, começou outra aventura...



À noite estavam exaustos, como é da praxe, mas felicíssimos, como é da praxe também. Na manhã seguinte, era vê-los, prontíssmos para mais uma dia de actividade intensa, com direito a travessia do Tejo no cacilheiro para a outra banda, subida até Almada Velha no elevador panorâmico da Boca do Vento e visita à fantástica Casa da Cerca. Soube bem deixá-los "à solta" e ficar mais de uma hora a curtir o céu visto de frente... ao abrigo da primeira sombra convidativa que nos apareceu...





E à chegada, ainda fomos brindados com um arco-íris duplo!
Assim são os amigos :)

25 October 2008

07 October 2008

Roubadas ao terraço...






Hoje o dia esteve cinzentão... com chuva... o primeiro dia com ar invernoso... o sol apareceu à tarde, tímido, a princípio, sobre as folhas lavadas, e depois com brilho pleno, mas a uma hora em que já só batia no terraço, do outro lado da casa...
Para animar o escritório, fui buscar estas cores, roubadas ao terraço solarengo pela minha HPzinha há 15 dias ;)
Lindas, não são? :)

06 October 2008

Do melhor que há...



Hoje apeteceu-me este raio de sol...
Não sei se por sentir que começa hoje, de facto, um novo ano depois das férias, se por sentir que, de alguma forma, é um ciclo novo que se inicia...

29 July 2008

Ver e ouvir... sentir

O fim-de-semana começou bem, com esta exposição dedicada a Le Corbusier, que já andava há uns tempos para ir ver. Desconhecia a sua obra enquanto pintor e escultor, e confesso que aquilo que vi não me disse grande coisa (gostei dos desenhos!), mas a exposição é imperdível; vai estar patente até ao dia 18 de Agosto e recomendo-a vivamente. Le Corbusier era, sem dúvida, genial. A sua obra arquitectónica e a sua filosofia do design são absolutamente fascinantes. Um “visionário” na sua época, continua a ser um modelo e fonte de inspiração mesmo para os mais audazes.


Audácias à parte, uma tarde caseira, com visita da Y. e do M. para “um refresco”
: )


Jantar em muito boa companhia, Susana e JP, Rita e Luís, sem registo fotográfico do momento (o que se mostra é de Março), mas com direito a uma vista fabulosa sobre o mar ao fim da tarde.

Ainda não consigo conviver muito bem com o que fizeram ao Fateixa; esperava que o recuperassem mantendo alguma coisa de outrora... mas tenho de admitir que a sangria estava óptima e a pizza também não estava nada mal.


Noite coroada em beleza pela voz magnífica do Caetano... maravilhoso... lindo, indescritivelmente marcante Caetano... irresistível...


...

Eu para falar do Caetano não encontro palavras que cheguem... ouvi-lo ao vivo é sempre sinónimo de cara lavada de lágrimas completamente incontroláveis... é, para mim, uma voz quase mágica... indescritível...



Tem sido assim desde a primeira cassete que o P. me ofereceu, em 84 : )

Os anos passam, a voz dele emociona-me sempre cada vez mais e, sem saber, o Caetano tem acompanhado a nossa história... mais do que isso... tem feito parte dela de forma indelével.

Mas essa é uma longa história, ainda em curso, de que, inevitavelmente, irão surgindo por aqui alguns fragmentos ;)

20 July 2008

O parque, o poeta e o mel







Os pássaros nascem na ponta das árvores

As árvores que eu vejo em vez de fruto dão pássaros

Os pássaros são o fruto mais vivo das árvores

Os pássaros começam onde as árvores acabam

Os pássaros fazem cantar as árvores

Ao chegar aos pássaros as árvores engrossam movimentam-se

Deixam o reino vegetal para passar a pertencer ao reino animal

Como pássaros poisam as folhas na terra

Quando o Outono desce veladamente sobre os campos

Gostaria de dizer que os pássaros emanam das árvores

Mas deixo essa forma de dizer ao romancista

É complicada e não se da bem na poesia

Não foi ainda isolada da filosofia

Eu amo as árvores principalmente as que dão pássaros

Quem é que lá os pendura nos ramos?

De quem é a mão a inúmera mão?

Eu passo e muda-se-me o coração








16 July 2008

Ready, steady, go...

... e lá foram...


Para a Anica


Para a Jóhny


Para a Anocas


Para a Carolina


15 July 2008

Da soleira da porta à areia da praia


É do tempo em que ainda não existia ISBN, “herdei-o” quando comprei a minha primeira casa e tenho andado a lê-lo... embora não exactamente para adormecer. São histórias breves ou fábulas de três ou quatro páginas, que têm sabor a infância e a serões passados à conversa sentados na soleira da porta, nas pausas entre correrias ou jogos das escondidas... fazem lembrar tempos idos e trazem-me sempre também recordações de aconchego, das danças guiadas pelos pés dos avós, que eram capazes de rodopiar comigo como se eu não tivesse peso, e da sua paciência e sorrisos sempre disponíveis, apesar das insistentes “Outra vez! Outra vez!!”.
Naquela altura contava-se contos em família, ou entre amigos e vizinhos, cá fora, ao crepúsculo... e noite dentro...

Esta vivência do conto como algo, em certa medida, comunitário começa a regressar às nossas vidas, embora ainda integrada em cartazes de eventos culturais e com hora marcada. Mas é um bom (re)começo.

Um excelente exemplo deste contar para a comunidade aconteceu recentemente em Oeiras. O festival Ondas de Contos, já na sua terceira edição, ocorreu no passado dia 27 de Junho na Praia da Torre. Previa-se que terminasse à meia-noite, mas prolongou-se muito para lá dessa hora... não se resiste aos contos, mas com o frio, o vento e o soninho, muitos tinham já abandonado a praia quando, já depois da uma da manhã, Tim Bowley subiu ao palco.
É certo que estava já muito cansada e com frio, mas com a companhia da Anica e da Carolina (que estava decidida a não perder pitada daquele serão!) fui-me deixando ficar...

E valeu a pena... o Tim Bowley é um contador delicioso, as frases ritmadas, a expressividade nos gestos, no rosto... é totalmente cativante. Cativou-me na primeira vez que o ouvi, vai para mais de cinco ou seis anos em Coimbra, acompanhado pela fabulosa Casilda Regueiro, uma galega de ar genuíno, espontâneo, que vai traduzindo com uma expressividade impressionante as histórias que ele vai contando. São uma dupla irresistível. Nesse ano vi-os duas vezes; em Coimbra, nos Encontros sobre o Conto, e em Montemor, no castelo, à volta de uma fogueira, num daqueles cenários dos contos que sabe bem contar e ouvir contar.

Também neste encontro, ouvi pela primeira vez a Cristina Taquelim. Gostei imenso de a ouvir contar. Senti-me “em casa”. A história da velha que tinha uma figueira à porta de casa é absolutamente fantástica.

Gostei muito, muito, muito de uma outra contadora, que se apresentou pela primeira vez, a Margarida Vieira. Contou a história d’ “A girafa que comia estrelas”, de José Eduardo Agualusa... uma delícia esta história e uma doçura a contadora.

Foi saborosa esta noite de contos na praia, acompanhada pela segunda fornada de bolachinhas de alfazema da história do forno cá de casa :)


26 June 2008

Mudem os ventos...


Esta fotografia foi tirada em Setembro do ano passado, numa noite em que a tranquilidade no terraço e a luz dourada destas "plantas palhinhas" embalada pela brisa me inspiravam para o tal "primeiro post ideal" (já eu achava, nessa altura, que estava mais do que na hora de dar andamento ao blog e a fotografia foi tirada "com destino"...).
Este ano, as noites tranquilas tardam em chegar ao terraço cá de casa... ou porque está muito frio, ou porque está muito bom e não estamos cá... a verdade é que, embora continue aberto para os almoços a dois e os cafezinhos a solo, com um livro, uma revista ou um tricotzinho, de noites tranquilas, nada, e jantares a sério, com prolongadas divagações sobre os mais diversos assuntos, só mesmo na ante-época, nas noites quentes de Março. Talvez com a chegada de Julho mudem os ventos... e as vontades ;)

25 June 2008

Bom sinal


Este blog está há um ano à espera que surja o post ideal para ser o primeiro post deste blog... mas, como em tudo, o ideal é ideal e quando insistimos nele, ele insiste em fazer-nos deixar passar o tempo e as coisas. Por isso, resolvi decidir que este é o post ideal, até porque já tenho, lindo e doce, o topo de página maravilhoso, concebido pela querida Yara. Chegou agora, exactamente ao mesmo tempo em que saía do forno um bolinho guloso... só pode ser um sinal... um bom sinal... e eu gosto de bons sinais :)