15 January 2009

O Natal...


... já lá vai.
Foi bastante conturbado por estes lados.
Entre outras situações pouco felizes, ainda fiquei sem a semana de férias prevista, porque o meu computador resolveu demitir-se de funções exactamente no dia em que eu tinha conseguido "controlar" o trabalho. Não só as férias na semana seguinte tiveram de ser canceladas, como ainda estou a braços com atrasos, resquícios da situação.
No dia 23 ao fim do dia alguém entrou em nossa casa, enquanto estavamos fora para a festa da escola dos miúdos, e saiu com todo o meu ouro. A sensação foi horrível e parece que quando penso nisso ainda me sinto como que "anestesiada"... tantas memórias, de tanto tempo... all gone! Algumas peças muito bonitas mesmo; quase tudo oferecido pela minha avó. Ficou só uma pulseira, que estava guardada separada, uns brincos especiais do tempo da faculdade e os brincos do casamento, que foram da minha mãe e que não levaram por serem de ouro branco. Ficou também um anel de ouro branco. E o meu irmão encontrou caído do outro lado do muro um anel que eu já nem me lembrava que tinha, mas que fiquei felicíssima por recuperar. A fuga terá sido apressada. Diz a polícia que se trata de uma rede muito bem montada (São de leste, que a vizinha bem os ouviu; até o P. os ouviu, antes de sair de casa!). O ouro sai logo do país.
Enfim... nessa noite não dormimos no nosso quarto, porque estava tudo virado em cima da cama e só no dia seguinte é que veio a equipa das impressões digitais (CSI Oeiras!). Chegaram a meio da manhã e é claro que não encontraram nada... foram usadas luvas.
Só à noite, mesmo antes de ir para a mesa da consoada, é que consegui pegar nas coisas despejadas em cima da cama e colocar tudo numa caixa, para "tratar" depois... era uma angústia pesada... e foi só nessa altura que descobri que não tinham levado os brincos. Coloquei-os logo e não voltei a tirá-los :)
Fiquei um bocadinho menos triste.
Ajudou pensar, e sentir, que somos pessoas de sorte; temos a família connosco, temos amigos e estamos bem. Isso é o fundamental.
E a consoada foi festiva, apesar de tudo, com o Cabrito a substituir o habitual perú, que foi vetado pela maioria. O êxito foi estrondoso.
Para o dia seguinte reservou-se o já tradicional Bacalhau Espiritual e a inovação foi o Rolo de Pato, que também estava excelente.
Menos famosa foi a reportagem fotográfica, mas fica o registo possível.

Mas, ainda, digno de nota maior: estreámos uma toalha de mesa bordada pela minha mãe e que me foin oferecida por ela já há alguns anos. Eu sabia, desde que me lembro, que aquela toalha tinha sido bordada sendo a minha mãe muito nova, mas foi o meu pai que, na noite de Natal, datou e contextualizou mais especificamente esse trabalho de bordadeira: "Essa toalha bordava a tua mãe quando namorávamos" :) (dizia ele a sorrir... quem diria!!)